top of page

Interstellar (2014)

Interestelar, 2014, é um longa de ficção científica dirigido por Christopher Nolan. O enredo, roteirizado pelo próprio diretor e por seu irmão, Jonathan Nolan, mostra um mundo sendo destruído por uma praga, que consome grande parte da comida, transformando-a em pó. Para tentar salvar o futuro da família e do restante das pessoas, Cooper (Matthew McConaughey) ex-piloto e engenheiro, junto à Amelia Brand (Anne Hathaway), Doyle (Wes Bentley) e Romilly (David Gyasi) é chamado pela NASA para uma missão espacial com o intuito de achar um planeta saudável o suficiente para substituir a terra.
Nolan se destaca novamente com uma desafiadora, emocionante e visualmente deslumbrante obra de arte. O diretor é conhecido por     trazer o maior realismo possível para dentro das telas, deixando o efeito especial somente para alternativas realmente difíceis de serem construídas. A jornada de tempo e espaço é fascinante, se difere de muitos filmes de ficção cientifica, por não ser apenas um filme sobre explorar o desconhecido, e sim um filme que mostra como é falado sobre o futuro, sobre o nosso lugar no universo e nossa inconstante vontade de sobreviver mesmo com todos as complicações apresentadas. 
É difícil não se identificar com o longa sendo que há a abordagem de solidão, desespero e abandono como os fatores emocionais que mais se destacam. Mostra que a ciência não é apenas a maior fonte de conhecimento e sim, o amor e a fé, chamando atenção à conexão de Cooper com sua filha Murph (Mackenzie Foy) sendo o “coração” do filme. E isso é com certeza mérito total ao elenco de grandes nomes, a atuação é um dos pontos mais fortes do filme, Matthew McConaughey por exemplo, dá uma de suas melhores atuações de carreira. 
Estamos acostumados com filmes de ficção científica que abordam temas da física exageradamente, abusando da licença artística, isso nem sempre é ruim, mas por que não usar o cinema para mostrar questões importantes de estudos da astronomia e astrofísica, de uma forma bem sustentada e interessante. Interestelar abraça essa ideia, os irmãos Nolan trazem o físico Kip Thorne, especialista em gravitação e relatividade para auxiliar e criar a parte científica do roteiro.
O roteiro aborda questões como dilatação temporal, dimensões, buraco de minhoca, buraco negro rotativo. Dentro deles estão conceitos estudados por Albert Einstein, na relatividade geral, alguns comprovados de fato que existam e outros de pura liberdade artística do diretor. Grande parte dos físicos afirmam que o filme é um objeto importante para a discussão e análise científica.
É respeitável o tanto que elementos como design, fotografia, roteiro, montagem e trilha sonora foram tão bem pensados, o que na verdade, é uma característica notável nos filmes de Nolan. Como um grande parceiro do diretor e roteirista, Hans Zimmer foi o responsável pela composição da trilha sonora. O que chama atenção é saber que o compositor começou a fazer as partituras antes mesmo de saber do que o filme se tratava, e mesmo assim deu um de seus melhores trabalhos na carreira. A montagem se mostra com uma grande importância à trilha sonora, quando por exemplo, as cenas que se passam no espaço são silenciosas e como há uma mudança caótica sonora quando passa para a nave. 
Em modo geral, Christopher Nolan agrada muito ao público entregando um longa completo, complexo, intrigante e uma das mais excepcionais obras feitas com o gênero de ficção cientifica. É um prato cheio para leigos em física e cientistas, pelo fato de a obra discorrer sobre temas complicados de uma forma bem conectada e apresentada.

Interestelar - Trailer Legendado
Reproduzir vídeo
bottom of page