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Tubarão (1975)

Tubarão de Steven Spielberg, 1975, passa longe de ser um filme de criaturas monstruosas, em que chega um momento que a aparição fica saturada. O longa apresentou inúmeros problemas técnicos atrasando sua construção, porém o diretor não se absteve e usou todos os recursos possíveis, criando um dos maiores clássicos da história do cinema.
As escolhas mais precisas de Spielberg foram trazer o maior realismo possível para dentro das telas cinematográficas, ele escolheu gravar no Oceano Atlântico, em vez de um lago ou tanque em Hollywood, pois sabia que a textura das águas do mar trazia um impacto maior. Entretanto, o diretor enfrentou uma bela dor de cabeça levando grande parte de sua equipe para o oceano, porque entendia que imprevistos poderiam acontecer. Essa escolha pouco comum trouxe o brilho exato para o sucesso do filme.
Pelos problemas técnicos com o tubarão mecanizado dentro do mar, a sua aparição diminuiu drasticamente, mas essa foi uma das razões de o filme ter funcionado. Evitando mostrar a real forma do monstro de baixo das águas, o poder da sugestão é ativado no espectador, fazendo com que ele tente imaginar constantemente sua real feição. O diretor consciente de todos esses fatores, somente revelou a verdadeira figura do tubarão depois da metade do filme.
Acompanhamos um chefe de polícia, Martin Brody, em sua rotina diária até a notificação de que um ataque de tubarão a uma banhista tinha acontecido na praia. Com essa informação, Martin entra em contato com o prefeito, Murray Hamilton, para constatar o ocorrido, porém sabendo que esse incidente atrapalharia o turismo da cidade, Murray não dá muita atenção para o policial.
Steven Spielberg constrói uma narrativa dramática inteligente, pois vemos que em filmes comuns de horror, o monstro aparece nas telas toda hora, deixando em segundo plano os personagens. O diretor ao contrário do tradicional, usa a maior parte do filme desenvolvendo e interligando as personalidades mais importantes da obra, Martin Brody, Matt Hopper, Quint e Murray Hamilton. 
A fotografia utiliza a subjetividade para construir o personagem do tubarão, vemos a câmera assumindo seus olhos nas horas de tensão, para mostrar um panorama alternativo da situação. Outra questão interessante, é o famoso ‘’Dolly Zoom’’ na praia, quando Martin Brody, o chefe de polícia, se depara com o tubarão no mar, o efeito é usado justamente para passar a sensação de perigo e desespero.
A clássica trilha sonora de Tubarão, criada por John Willians, foi essencial para o sucesso do filme de Steven Spielberg. O motivo é claro, em várias cenas em que o tubarão está prestes a atacar, a trilha começa a se intensificar sucessivamente, trazendo medo e suspense ao espectador. Já em partes fora da água, a trilha se mantém leve, suave, levando segurança as pessoas.

Tubarão (Jaws) - Trailer Legendado
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